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Quando olho para trás.

Há tempos venho pensando em escrever sobre o passado, de uma forma bonita e encantadora, com seus detalhes e suas lembranças. Ah, o passado é lição! E quantas...

Sabe, paro para olhar para trás e vejo quanto de vida já vivi, quantas alegrias, tristezas, emoções, paixões e quantas decepções. Todas muito intensas, sempre! Gosto de cada minuto aproveitado do passado, e até os que não aproveitei tambem.. aqueles em que as horas se arrastavam no colégio, ou então quando a hora voava enquanto eu estava ao lado de quem gostava. Todas as brincadeiras, os carinhos, as lágrimas, despedidas, encontros, surpresas. O passado é um passatempo recheado! Não aqueles de chocolate, mas os de saudade, de coisas boas vividas, de bem aproveitadas.



O sofrimento se desintegra com o tempo, se perde no espaço de tantas alegrias, de tantos sorrisos e de tantas fotos que deixam registrado mais do que materialmente na memória. Além do mais, existem muitas memórias que não precisam se materializar para permanecerem em nossas vidas para sempre.. como o primeiro beijo, o cheiro de alguem, a voz da sua mãe, a dor ao furar o dedo no espinho, a sensação de borboletas no estômago quando a montanha russa está subindo, ou o frio que dá na espinha quando estamos em um lugar bem alto.. e assim por toda a vida, lembramos sempre de alguem que fez a diferença, do amor que sentimos, do que sofremos, das perdas, da sensação de impotencia quando se arranca o coração com a mão e entrega ele para a pessoa errada, ou mesmo quando se ama e não se é correspondida.. enfim, somos um pouco do passado também.


Sinto falta dos passeios pelo parque com o meu avô, sinto falta de dormir no colo da minha mãe, de comer a comida da minha avó, sinto falta de quando eu morava em um condominio em SP e lá tive a minha primeira paixão, meu primeiro beijo, meu primeiro amor. Aqueles em que o 'namorar' era só dar as mãos e sorrir como uma boba, escrever cartinhas, sinto falta de quando me apaixonei platonicamente no primeiro encontro, sinto falta dos tempos de colégio no Rio de Janeiro, das aulas de educação física, dos treinos de handball, das amizades que conquistei e se perderam pelo tempo, sinto saudade do Natal de antigamente quando a família se reunia em uma casa só, quando fui pra disney, sinto saudades das férias em são luis, das viagens para minas gerais, das minhas bagunças com as minhas primas.. sinto saudades de quem um dia eu fui, e que ficou em cada partícula de tempo vivida, e que se regenera, amadurece e evolui com cada nova lembrança que se vive, a todo instante, a vida inteira.



" Quando olho para trás, sinto o tempo que passou, Tanta coisa que perdi entre amigos, amores e lutas. A vida insiste em nos provar mas isso não me assusta, As vezes tudo se modifica E a nossa vida como é que fica? Ultimamente projetei em minha mente o fim deste velho enredo "

Quando olho para trás - Savana



e voce, o que já deixou para trás?


Até breve,
Luciana C.

Comentários

  1. Hahaha..mto engraçado ler essas coisas, pq de alguma forma me faz trazer lembranças de uma época remota e distante que por varias vezes deixo em segundo plano. Falar com vc uma vez a cada varios anos deve ser meu carma para não esquecer dos primordios, do que fiz e de como cresci...

    Bjos Lu, foi mto legal ter te conhecido naquela época haha

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  2. Vendo isso digo o mesmo que o cara aí de cima, acho que fiz parte disso tbm, andar de patins, brincar de gato mia, de ver como a gente era feliz com tão pouco, sinto falta de todos PA, Bru, Cá, Tha, Tá,Fábio, Andressa e principalmente Vc, minha primeira paixão rs, pena que só vi este blog agora depois de tanto tempo.
    Tem uma pessoa em especial que não está entre a gente a dinha ela se foi é eu nao estava lá, um de muitos arrependimento que eu tenho...

    ResponderExcluir
  3. Que feliz de ler o comentários de vocês dois (Caio, que já não mais está entre nós) e o seu, Léo (que mesmo anônimo, não tem como negar! rs). Foi uma época simplesmente incrível, inesquecível e muito feliz da minha vida. Levarei vocês no coração, amarei eternamente. Beijos, Lu.

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