Pular para o conteúdo principal

Vida de Aupair: A volta para casa.

Depois que voltei a sensação era de que eu nao fiquei tanto tempo assim fora, e que de fato as coisas por aqui continuaram as mesmas, a diferenca é que quem está diferente agora sou eu, isso bastou de certa forma. Claro que depois que voce volta as coisas deixam de ser aquela ' Fantasia ' que era quando ainda estava la, mas a verdade é que Brasil é sempre Brasil; o cheiro da nossa casa, o gosto da nossa comida, o ar carismático e descontraído dos brasileiros, a intensa sensação de se sentir acolhida (mesmo com tantos problemas pelo mundo).

O intercambio ou mesmo o fato de morar sozinha me ajudou a amadurecer em certas atitudes, pensamentos e ações que talvez eu demorasse anos para admitir uma possivel melhora. Hoje eu moro sozinha, não tão independente assim quanto gostaria, infelizmente no nosso país a independencia financeira demora a vir, mas com sorte tenho meus pais que de certa forma acreditam e confiam no meu potencial, e que continuam sendo a minha base e principal amparo nos meus momentos dificeis.



Uma coisa interessante é que depois de voltar algumas pessoas deixam de me procurar como quando faziam enquanto eu estava por la, mas independente disso voce se torna mais seletiva, mais indiferente com certas atitudes. Digo que maturidade é pura experiencia, independe de qualquer outro fator se nao o de ter vivido e sofrido. Depois que a vida começa a se encaixar novamente na rotina do Brasil, sente se aquela falta do sonho de morar fora, das facilidades do outro mundo, das amizades que ficaram, dos lugares, mas em contrapartida, o melhor que pude trazer de tudo isso foram as experiências e lembrancas do que vivi e aproveitei por la.

Depois de me adaptar no Brasil e sentir a pressão do universo ao se dar conta de que a nossa realidade é essa, e que - nao desmerecendo - prefiro trabalhar com o que eu gosto no brasil, eu trouxe comigo a bagagem do que obtive de conhecimentos ralando nos EUA.

Completei ontem 4 meses no Brasil e posso dizer que apesar das dificuldades, a minha vida tem muito mais cor por aqui.

Até breve,
Luciana


Comentários

  1. Oie Luciana
    Muito bom ter noticias suas!
    Espero mesmo q de tudo certo no seu retorno e q seus planos antes, apos o intercambio se torne realidade =)
    Bjs

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Pico do Olho D'água - Mairiporã-SP

Uma vista espetacular do ponto mais alto da região de Mairiporã, município há cerca de 40km da capital paulistana e conhecido por "Morro do Juqueri", o Pico do Olho D’água deve seu nome aos líquidos preciosos que brotam em suas encostas serranas. Com 1180m de altura em relação ao nível do mar, de lá de cima é possível ter uma bela visão 360º das montanhas da região de São Paulo, nessa altura é possível avistar a Pedra Grande de Atibaia que está a cerca de 16km em linha reta, bem como o Morro do Ovo da Pata no Parque Estadual do Juquery, a Pedreira de Mairiporã.  O lugar tem fácil acesso e se chega tranquilamente de carro por via asfaltada ou pela rota alternativa offroad em estrada de terra batida passando pela comunidade local. Colocando no GPS ou Waze é possível chegar sem grandes dificuldades. Endereço: 669, Av. Georgetonw, 593, Mairiporã  Horários: Aberto 24h Fomos na noite de sexta-feira, chegando por volta das 21h no local, no nosso caso...

O que fazer durante a quarentena. - COVID-19

⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Começo esse texto com uma frase célebre de Clarice Lispector: “Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado, com certeza vai mais longe”. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Muitas vezes é difícil não se vencer pelo cansaço da quarentena, as relações há muito tempo já não sabiam como ser vividas na prática, em um mundo tão conectado e acelerado era quase impossível pensar na possibilidade de tantos dias com a nossa família dentro de casa, em contrapartida outros lutam contra a solidão em seus aposentos aguardando o decreto do fim. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ A quarentena nos serve como meio de reflexão para o novo mundo, uma nova vida. Penso que nada nesse mundo é por acaso, há séculos o planeta terra passa por drásticas mudanças físicas, de clima e eixo, natural que para um planeta de bilhões de anos é dado que se regenere vez ou outra já que nós, meros habitantes deste mundo, não o fazemos. Com ou sem pandemia vivíamos em bolhas de egocentrismo, a tecnologia nos ajudou a s...

E quando o ar faltar?

Se lembrassemos todos os dias que a nossa vida é um sopro e não deixássemos para pensar nisso somente quando a morte bate na porta, talvez daríamos muito mais valor para os pequenos detalhes que constroem esse todo em que estamos e vivemos. Somos parte desse ecossistema infinito que chamamos de planeta e quase nunca lembramos que vivemos uma corrida de ratos diariamente na justificativa de que fomos programados para vivermos todos os dias buscando algo que não temos ou que não somos ainda. O “ainda” é sempre uma interrogação que nos leva a ter mais, sempre que usamos a palavra “ainda”, mesmo que ela pareça tão despretenciosa, condicionamos a nossa mente a uma busca pessoal que mais parece uma competição do que uma necessidade básica individual. "Ainda não sei, ainda não consegui, ainda não tenho, ainda bem que fiz, ainda, ainda, ainda.. " ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ Seja o que você ja é e tem e repare a cada vez que se sabota usando palavras como: ainda, nunca ou tentar. Essas p...